domingo, 31 de julho de 2011

[...] É, ela não era melhor do que nenhuma das cortesãs

    Durante anos sonhara com esse momento. Mas agora, depois de consumado, ela não era melhor do que qualquer uma das cortesãs que conhecera nas tabernas.
    Levantou da cama e pegou o punhal na gaveta. Virou-se e viu uma confusão de cachos loiros e lençóis que agora abraçava o travesseiro e no seu tenro e sereno sono, sorria. Aproximou-se suavemente e se inclinou para beijar de leve o ombro nú. Ela soltou um gemido em meio as suas risadinhas doces. Quando rindo ela se virou para abraçá-lo, os lábios dele sussurraram em seu ouvido -Obrigado - E antes que a boca dela alcançasse sôfrega e quente a dele a mão firme a cobriu e a lâmina afiada rasgou a pele alva como se nada fosse.
    É, ela não era melhor do que nenhuma das cortesãs.

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